quarta-feira, setembro 26, 2007

Vida de freela

Conversando com minha ex-chefita pelo telefone, filosofei que tudo na vida tem prós e contras. E ser freela não foge à regra.

É verdade que eu até consigo tirar um cochilo no sofá após o almoço porque estou em casa. Mas também sinto falta daquele “café com bobagem com amigos” quando voltava do almoço com a galera.

É verdade que eu posso acordar mais tarde, ir à hidroginástica, fazer uma corridinha e ainda chegar mais cedo que os meus clientes na frente do micro porque agora tudo é mais perto para mim. Mas também é verdade que eu sinto um pouco de falta de dar um rolezão pela Paulista, tomar um açaí com granola na uno&due e ver a Marginal lá de cima do vagão do metrô.

É verdade que eu não preciso pedir férias a ninguém... Mas também é que verdade que, além de não ter 1/3 sobre as férias, não recebo os dias parados simplesmente porque NÃO TRABALHEI... Isso é: no pain, no gain. Esse item também vale para as férias coletivas.

Mas o mais importante de tudo isso é que tive mais ganhos do que perdas com a troca. Aprendi a me cuidar mais, a me ouvir mais, a fazer as coisas do jeitinho que eu gosto. Se pego muito trabalho é porque quero, e não porque me mandam (isso é ótimo!).

E a cada dia aprendo uma nova lição de desapego. Aliás, eu tento ficar me desapegando das coisas o tempo todinho. Às vezes, me dá a louca, pego a cachorra no meio da tarde e dou uma voltinha na rua. Também tenho rompantes de saudades, e faço breves visitas à minha vó, minha mãe e minha manicure no meio do dia, só para desestressar. Agora até vou ao médico sem culpa, só porque não tenho que dar atestado de nada para ninguém.

No fim das contas, apesar de não ter férias remuneradas, 1/3 sobre férias, férias coletivas e nem 13º salário, a vida de freela é bem boa!!!