A história dos móveis do Rafa – full version (sem cortes, sem censura)

Em 19 de julho de 2008, após muito pesquisar, encontramos uma loja de móveis de bebê que ia de encontro às nossas necessidades. Queríamos móveis melhores, mais resistentes, pois como queremos ter dois babies, tinha que ser algo bom, pra já passar pro segundo. Encontramos algo com qualidade superior – preço superior também!!! -, e que nos atendia. A vendedora foi atenciosa, e fizemos apenas uma exigência: “Queremos o preço à vista, mas vamos pagar apenas 50%, o resto fica a ser pago na entrega.” Depois disso, acabamos que compramos também a cadeira de amamentação, abrimos um novo pedido e pedimos para pagar também na entrega.

A nossa proposta foi aceita, eles marcaram a entrega de tudo (berço, cômoda, armário e cadeira) para 2 de setembro de 2008. Conseqüentemente, o nosso segundo e terceiro cheques ficaram para 4 e 5 de setembro de 2008.

Nesse meio tempo, tivemos aquele problema com a porta do armário do nosso quarto (que foi rapidamente resolvido). Daí falei pro Claudio:
- Bom, vamos ligar pra ver se a entrega do quarto do Rafa está confirmada para o dia 2? Sabe como é né... Depois dessa, pode ser um aviso.

BOCA MALDITA!!!

Só que eu não sabia onde tinha colocado o pedido, daí começamos a procurar o telefone da loja da Internet... E foi assim que demos de cara com o nome Belle Baby literalmente na lama no site Reclame Aqui. Só acessando esse link para ter uma noção real da coisa!!! E entramos em total desespero...

O Clau assumiu o processo, ligou para loja e, realmente, nossos móveis não seriam entregues na data desejada. E não havia previsão... Dissemos então para a loja não depositar os nossos cheques, pois o acordo era pagamento após a entrega.

Só que, é claro, na Babilônia em que vivemos, não dá pra confiar em ninguém, certo? E aí utilizamos uma operação bancária que suspende o cheque. Se o mesmo não fosse depositado, assim que os móveis fossem devidamente entregues, nós poderíamos cancelar essa operação e o cheque seria compensado normalmente. Sem essa ordem de cancelamento da suspensão, e caso o cheque fosse depositado/sacado, o mesmo voltaria como sustado (alínea 21). Nesse caso, o desacordo comercial está caracterizado, mas esse tipo de operação não impede que a pessoa em posse do cheque proteste o mesmo. E, como vocês já sabem, os dois cheques foram depositados e, conseqüentemente, sustados pelo banco.

Como eu já disse em posts anteriores, assumimos a seguinte postura: Pedimos ao Sr. Moreira, responsável pela loja Belle Baby, que recuperasse os nossos cheques para que ele pudesse receber de nós um novo pagamento. Mas que esse pagamento só seria feito mediante o nosso cheque sustado “em corpo presente”. Isso porque, se eu pagasse a loja, e o meu cheque sustado estivesse “voando” por aí, qualquer pessoa em posse do cheque voador poderia protestá-lo em cartório. E nós, consumidores lesados, teríamos que pagar duas vezes – além de ter passado pelo que passamos.

No dia 2 de outubro o Sr. Moreira nos procurou com o primeiro cheque, que foi resgatado por nós. Pedimos que ele assinasse um recibo confirmando a quitação do pedido e efetuamos um novo pagamento. Ontem, dia 23 de outubro, ele nos procurou novamente com o segundo cheque, foi imediatamente pago, e seguiu o mesmo procedimento anterior. O processo está finalizado. Os móveis foram entregues e pagos.

Em nenhum momento tivemos a intenção de dar o calote após a entrega (que foi realizada com 22 dias de atraso), mas considerando todo o histórico da loja, precisávamos nos defender...

A Belle Baby é representante (ou era) da marca Sleeper e fica na Moóca/SP: R. Jaibarás, 56 (ao lado da Alô Bebê da Radial Leste). A fábrica da Sleeper nos deu um suporte básico, dizendo que não podia se responsabilizar pelo pedido, e que só embarcava para São Paulo os pedidos que já tinham sido pagos. Ou seja: praticamente dizia que o problema era nosso. Se a Belle Baby pagasse a fábrica, o móvel vinha para São Paulo, caso contrário, era sentar e esperar. Mas, ao menos, eles nos diziam se o móvel tinha embarcado ou não, o que nos dava informações para conversar com o Sr. Moreira, da Belle Baby.

A Sleeper afirma que a Belle Baby tem problemas financeiros e que não é mais representante da marca, portanto, também tem que agir assim para não tomar calotes. A jogada financeira é clara... Cada novo otário que entra na loja dá cheques que serão usados para pagar o pedido dos outros, e não o próprio pedido. Quando chega a data de entrega, descobre que não receberá os móveis, até que um novo otário entre na loja, dê mais cheques, que serão usados para pagar pedidos de outros e assim se dá o ciclo... Uma total falta de respeito.

A minha história, apesar de tensa, teve um final feliz, mas com certeza por conta da atitude que tomamos mediante a situação. Assim, não recomendo fortemente que qualquer pessoa faça compras nessa loja. Meu sincero desejo é que nada de ruim aconteça a alguma mamãe, pois a gestação é uma fase muito sensível, onde os hormônios estão a mil, e qualquer desconforto pode ser perigoso (uma pressão alta, ou queda de pressão por nervoso, ou até mesmo um aborto por ter passado por momentos de tensão). Fico imaginando como o Sr. Moreira e suas vendedoras conseguem encostar a cabeça no travesseiro e dormir, sabendo o mal tão grande que fazem às pessoas.

Essa história rapadura é mais um sinal de que devemos ser consumidores atentos e que devemos zelar pelos nossos direitos, sempre com o apoio da lei e da ética!